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Rio Grande do futuro

Durante décadas, o setor público gaúcho conviveu com um grave desequilíbrio fiscal. A conta não fechava: o Estado gastava mais do que arrecadava, e quem pagava por isso era a população. A crise fiscal crônica impediu avanços fundamentais em áreas estratégicas como logística e transportes — justamente os pilares que sustentam o crescimento de qualquer economia.

Enquanto o setor produtivo gaúcho inovava, diversificava e crescia, o poder público permanecia preso a um modelo ultrapassado, pesado e ineficiente, que servia mais a si mesmo do que à sociedade. Um Estado que consumia demais e entregava de menos.

Foi para enfrentar essa realidade que, com muito orgulho, participei do Governo Sartori como Secretário de Planejamento. Herdamos um Estado quebrado — com as contas ainda mais deterioradas após quatro anos de gestão petista — e escolhemos enfrentar a crise com coragem, transparência e responsabilidade. Abrimos os números, falamos a verdade e enfrentamos os problemas de frente. “Fazer o que precisa ser feito” virou nosso lema.

Cortamos gastos, enxugamos a máquina pública, extinguimos estruturas e colocamos temas antes evitados na pauta: reformas, privatizações e concessões. Iniciamos, ali, uma virada de chave.

Na sequência, o Governo Eduardo Leite deu continuidade nesta agenda, aprofundando as reformas administrativas e previdenciárias que reconduziram o Estado ao equilíbrio fiscal. E, com as contas em ordem, recuperamos a capacidade de investimento do estado, que apresenta resultados notáveis em diversos setores. Como deputado estadual em segundo mandato, tenho convicção de estar no caminho certo, e continuo apoiando cada uma dessas mudanças com meu voto e meu compromisso.

Mas ainda não é hora de descansar. O Rio Grande do Sul precisa seguir avançando. Não podemos retroceder, nem ceder à tentação dos discursos fáceis. Há quem prefira a demagogia das redes sociais, com discursos inflamados e vazios, mas a sabedoria popular reconhece quem tem responsabilidade e quem só sabe fazer barulho.

Agora, às vésperas de completarmos um ano do maior desastre climático da nossa história, é impossível não lembrar da força, da solidariedade e da resiliência que definem o caráter do gaúcho. A tragédia nos feriu, mas também nos uniu. E nos deu ainda mais motivação para reconstruir e fazer melhor.

É o que estamos fazendo com o Plano Rio Grande — o maior conjunto de investimentos e obras públicas da história do Estado. Estamos preparando o terreno para um novo ciclo de desenvolvimento, que valorize as vocações regionais, gere emprego, renda, serviços públicos de qualidade e preserve o meio ambiente.

Esse é o caminho. E é com trabalho, verdade e responsabilidade que vamos construir o Rio Grande do Futuro. A hora de agir é agora.

Carlos Búrico
Carlos Búrico
Deputado Estadual

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