Meu mandato na Assembleia Legislativa tem como uma de suas principais bandeiras a defesa das mulheres. Atuo por quem enfrenta situações de violência, por quem busca acolhimento e atenção e por aquelas que precisam de um olhar mais sensível do poder público. Esse é um compromisso que nasceu da minha vivência como Delegada de Polícia, onde escutei inúmeros relatos de violência doméstica — muitas vezes silenciada dentro de casa e perpetuada pela dependência emocional ou financeira do agressor.
A violência contra a mulher é um problema que atravessa todas as classes sociais e precisa ser enfrentado com políticas públicas efetivas. Mas o enfrentamento à violência também passa por garantir mais apoio, visibilidade e autonomia para as mulheres em diferentes contextos. Por isso, além de atuar diretamente na proteção e acolhimento das vítimas, tenho me dedicado a iniciativas que reconheçam e valorizem o papel da mulher na sociedade.
Um exemplo disso é o projeto que cria a Política Estadual de Proteção e Atenção às Mães Atípicas. A proposta foi protocolada por mim e tem o objetivo de dar acolhimento a mulheres que têm filhos com deficiência, como aquelas que criam crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A ideia é reconhecer oficialmente o papel dessas mães, garantir apoio psicológico, social e de saúde, promover campanhas de conscientização, criar programas de acolhimento e incentivar a geração de renda.
No Rio Grande do Sul, dados estimam que a cada 500 mil pessoas, 124 possuem algum grau de autismo. São famílias que precisam de atenção e políticas públicas eficazes. O acolhimento às mães atípicas é uma forma de ampliar direitos, combater a invisibilidade e ajudar a romper ciclos de violência e dependência.
Além disso, coordeno a Frente Parlamentar do Empreendedorismo Feminino e da Força da Mulher Gaúcha. A iniciativa tem como propósito impulsionar políticas públicas que fortaleçam o protagonismo feminino, especialmente na geração de renda, na capacitação profissional e na autonomia financeira.
Com essa frente, busco promover um ambiente de diálogo com instituições públicas e privadas, fomentar iniciativas empreendedoras, valorizar histórias inspiradoras e construir redes de apoio que possam realmente transformar a vida de quem mais precisa. Encontros da frente já foram realizados em Esteio, Novo Hamburgo e Carlos Barbosa, incluindo um momento com mulheres da agricultura familiar durante a Expointer do ano passado. Aliás, de acordo com dados, 52% dos negócios da agricultura familiar são liderados por mulheres, nada mais justo que valorizarmos as ações, darmos espaço e incentivo. O empoderamento das mulheres é um passo fundamental para que elas conquistem independência e segurança.
Um mandato por elas é, acima de tudo, um compromisso com a transformação real da vida de tantas mulheres que, mesmo enfrentando adversidades, seguem firmes e com esperança no amanhã. Esse é o foco do meu trabalho: que não se limita ao discurso, mas se traduz em ações concretas, projetos e iniciativas voltadas à promoção da igualdade e à valorização de quem merece ser respeitada todos os dias.