O presidente da Famurs, Marcelo Arruda, participou da reunião entre uma comitiva do Rio Grande do Sul com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na tarde desta quarta-feira (12/02) em Brasília, para solicitar que o governo tome medidas, através de uma medida provisória (MP), e promova a volta do funcionamento da usina termelétrica de Candiota.
Liderada pelo prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, a comitiva teve a participação do governador Eduardo Leite, do senador Luiz Carlos Heinze, dos deputados federais Marcon (PT) e Paulo Pimenta (PT), deputados estaduais, secretários do Estado e prefeitos.
O pedido é para que o contrato da usina seja retomado, com volta imediata dos trabalhos e como energia de reserva, com duração até 2040, o que daria tempo para a região carbonífera se preparar para a nova fase de transição energética.
Segundo o Deputado Estadual gaúcho Paulo Pimenta (PT) há uma grande possibilidade de, ainda no mês de fevereiro, uma nova MP ser construída.
“A gente sabe que esse é um tema complexo, mas o fechamento da usina termelétrica impacta em toda uma região que depende do seu funcionamento para a geração de empregos, fomento do comércio, dos prestadores de serviço e para o equilíbrio da economia. O objetivo do prefeito Folador e do governo do Estado é encaminhar com o governo federal uma transição energética para o fechamento dessa usina, mas com tempo para a região se reorganizar e o carvão ter outro destino, pois existem outras alternativas. E a Famurs está aqui apoiando, pois precisamos de união e parceria para poder construir saídas e ajudar a região”, afirmou o presidente Marcelo Arruda.
O ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira não garantiu a edição da MP para que a usina seja reativada e que isso depende de vários fatores, mas que o governo está estudando a possibilidade devido à importância do tema e o impacto econômico nos municípios envolvidos, e que é um desejo do governo resolver a questão com a maior agilidade possível.
Em toda a região o trabalho ligado ao carvão gera cerca de 5 mil empregos, sendo responsável por 80% da economia.