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A importância da comunicação em períodos de crise

Durante o processo eleitoral em Canoas, como candidato a vice-prefeito, tive a oportunidade de ter um contato mais direto com a população, ouvindo histórias, dores e angústias das pessoas que perderam seus pertences nos bairros alagados. Cada conversa reforçou nosso compromisso com as demandas da população e destacou o quanto Canoas e todas as cidades precisam estar preparadas para novas situações de emergência.

Nos momentos de crise, como a enchente de maio de 2024, a comunicação institucional assume um papel crucial para a segurança da população. Ao completar seis meses desse trágico evento que assolou cidades em diferentes regiões, é importante refletir sobre como o poder público pode (e deve) agir para que informações cheguem com clareza, rapidez e precisão, reduzindo os danos materiais e, principalmente, humanos. Eventos climáticos severos têm se tornado cada vez mais frequentes no Rio Grande do Sul; em menos de um ano, o Estado já foi assolado por quatro desastres naturais que resultaram na perda de mais de 250 vidas.

Durante a enchente de maio, o pânico e desespero tomaram conta de milhares de famílias, que tentavam salvar seus pertences e suas vidas. Em momentos de extremo risco, como esses, a informação precisa ser clara, objetiva e disseminada em diferentes formatos. A comunicação on-line é um meio de grande alcance, mas, em situações de emergência, o uso de comunicação offline, como carros de som e equipes treinadas para orientar a população nas áreas mais atingidas, é essencial. A comunicação em diferentes canais não apenas amplia o alcance da informação, mas também facilita o entendimento por parte das pessoas.

A credibilidade da comunicação institucional é um ponto central que precisa ser consolidado continuamente, especialmente em tempos de estabilidade, para que, em momentos de crise, a população já tenha clareza de onde buscar informações confiáveis. Nos últimos anos, o submundo da internet e das redes sociais foi inundado por fake news e conteúdos distorcidos, fenômeno que se intensifica em crises. Para proteger as pessoas da desinformação e evitar pânico ou ações equivocadas, os veículos de comunicação confiáveis também exercem um papel importante para multiplicar as informações oficiais. Além das redes sociais, o uso de plataformas tradicionais, como rádio, televisão, jornais impressos e portais de notícias, ajuda a atingir públicos que podem não ter acesso à internet.

Outro ponto de reflexão é a necessidade de a comunicação institucional ser dinâmica e adaptável. Situações de risco extremo, como a enchente de maio, exigem que as informações sejam simples e diretas, já que as pessoas afetadas têm menos tempo e capacidade para processar mensagens complexas. Em casos de alerta de evacuação, por exemplo, o poder público deve evitar mensagens extensas ou lives e priorizar a comunicação objetiva, com orientações sobre o que deve ser feito de imediato, a localização de pontos de apoio e as instruções para acessar as equipes de socorro.

A experiência da enchente de maio de 2024 trouxe lições valiosas, evidenciando que a comunicação não é apenas um ato de informar, mas também uma forma de cuidar das pessoas. O poder público, através de suas equipes de comunicação, tem uma missão de grande relevância social: manter a população informada, tranquila e orientada, especialmente nos momentos em que ela mais precisa.

  • Rodrigo Busato

    Vice-prefeito eleito de Canoas e Publicitário Especialista em Comunicação Institucional

Rodrigo Busato
Rodrigo Busato
Vice-prefeito eleito de Canoas e Publicitário Especialista em Comunicação Institucional

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