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17/08/2021

Incrível  a atualidade que vivemos. Instantes geram notícias que em décadas anteriores levavam algumas horas para serem comunicadas. Jornalistas trabalhavam na apuração, e na forma, por um espaço de tempo adequado para comunicar além de informar.

Hoje, quase nem aconteceu e já está “comunicado”. Culpa dos entes comunicadores? Em partes. Muitos “pseudos” jornalistas correm para noticiar com o que tem, e às vezes ficam remendando a “notícia” após a divulgação.

Para nós, comunicadores, é pouco fácil a tarefa de comunicar para pessoas ocupadas e exacerbadas de informações. Quem está do outro lado de uma tela, ou de uma página de jornal ou ainda na sintonia de uma rádio, por vezes já conferiu “as notícias” pelas timelines de aplicativos, postagens compartilhadas e recompartilhadas de amigos e conhecidos que nem sempre checam os dados emitidos.

Mesmo depois de todas as revoluções que a comunicação já enfrentou nestas décadas e mais décadas de existência, após a incrível revolução da imprensa feita por Johannes Gutenberg, a geração de conteúdo continua sendo o ponto chave, o que separa os comunicadores dos “pseudos”comunicadores.

Todos seres humanos comunicam. A comunicação é imprescindível para a nossa vida, ouso a dizer que é a seiva que nos mantém. Precisamos comunicar, uns com os outros, para sobreviver, para evoluirmos, para nos desenvolvermos. Porém esta comunicação, tão necessária, se difere do ato de comunicar feito por jornalistas e profissionais da área.

A responsabilidade no ato de comunicar informações, atos, fatos e acontecimentos é, e deve ser, encharcada de ética, cuidados técnicos, apuração e zelo pela compreensão do público. Não é apenas escrever algumas linhas, compartilhar algumas imagens ou gravar um audiovisual. É além disso tudo. Novas ferramentas permitiram os seres humanos ampliarem suas formas de comunicação, mas colocaram também novos desafios aos profissionais comunicadores que precisam, cada vez mais zelar pelo conteúdo para credibilizar seu veículo de imprensa e seu trabalho técnico. Informar não é comunicar. Comunicar é um ato profissional.

Gutenberg talvez não poderia imaginar que tantos e tantos anos após as suas invenções incríveis, estaríamos vivendo em uma época onde as letras se multiplicam e são compartilhadas em uma velocidade muitas vezes inversamente proporcional a credibilidade do fato. Nós os “medias”, precisamos antes de tudo, termos em mente que a instantaneidade da notícia não pode, jamais, ganhar da veracidade dos acontecimentos. Não se cobre por não ser aquele que informa antes dos demais, se preocupe em ser o profissional, ou o meio comunicacional, em que as pessoas busquem para confirmar a informação. É tempo de termos tempo para comunicar.



 
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