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10/09/2020

No  Dia Mundial de Combate ao Suicídio, que acontece neste dia 10 de setembro, é realizada uma grande campanha de conscientização e alerta para este problema que atinge todas as idades e classes sociais. Relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que uma pessoa comete suicídio a cada quarenta segundos no mundo, o que corresponde a 800 mil mortes por ano, sendo um sério problema de saúde pública em nível mundial. Outro dado alarmante é que o suicídio já representa a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 24 anos.

O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com o maior índice de suicídios e para acabar com esta epidemia precisamos estar mais atentos ao próximo. Suicídio e também a automutilação sempre foram tabus na sociedade. Acreditava-se que falar sobre o assunto poderia estimular o ato em pessoas com potencial suicida. Mas esta teoria não deu certo e os números associados ao problema só cresceram. Ao contrário do que se pensava, conversar de maneira séria sobre o tema pode ser uma das melhores maneiras prevenção.

Como presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Suicídio na Assembleia Legislativa tenho participado de diversos debates, onde um dos principais desafios é encontrar a maneira mais adequada para abordar o suicídio. Uma das alternativas tem sido focar em ações de valorização da vida e na importância de cada indivíduo para a sociedade, em especial nestes tempos de coronavírus, onde percebe-se um aumento dos problemas da saúde mental, em decorrência de diversos fatores causados pelo isolamento, como insegurança, ansiedade, depressão. Por outro lado, sabemos que os sentimentos suicidas, na grande maioria das vezes, são temporários. O que parece a única solução em um momento de desespero e dor, pode mudar após algum tempo. E é nessa hora que a ação dos mais próximos se torna tão importante.

Por meio da Frente Parlamentar trabalhamos com duas linhas de ações: a capacitação da rede de apoio e a valorização da vida. É importante salientar que este debate e cuidado precisa ir além do setembro amarelo, quando o assunto ganha destaque. Ele deve ser permanente em nossas vidas, assim como o resgate sobre os valores da família e a nossa presença mais efetiva na vida das crianças e adolescentes. Não existe uma receita certa para detectar seguramente quando uma pessoa está pensando em tirar a própria vida. Mas o indivíduo em sofrimento deixa sinais que devem chamar a atenção dos familiares e amigos. Por isso, precisamos estar mais próximos, dispostos a escutar para identificar os sinais, falar e agir.

 
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