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27/11/2019

    É claro que todos queremos melhorar o transporte coletivo, nos livrar dos engarrafamentos, dos congestionamentos, dos estacionamentos pagos (alguns verdadeiros extorquidores), dos flanelinhas e das ameaças ao nosso carro (e nossos familiares), cada vez mais inseguro nas ruas.
O transporte coletivo deixa muito a desejar em Porto Alegre e, ao contrário do que esperávamos, ainda está muito longe de ser a solução para nossos deslocamentos seja para o centro ou para os bairros. Além, disso, nos ônibus, passageiros, cobradores e motoristas estão cada vez mais ameaçados pela falta de segurança. Em meio a tudo isso, estamos diante da ameaça de extinção do cargo de cobrador, uma figura importantíssima e consolidação na prestação de serviços do transporte coletivo. Atualmente Porto Alegre conta com 3,6 mil cobradores de ônibus, com futuro indefinido.
Sou favorável à digitalização da cobrança, criando mecanismos mais modernos e lidando menos com o dinheiro de papel ou metal. A extinção dos cobradores está novamente em debate, o que volta e meia acontece. Não concordamos com ela.
Não podemos tolerar é que se aumente o problema social, numa cidade com milhares de desempregados, tirando dos cobradores a atividade que desenvolvem com dedicação e sacrifício. Sabemos que, na maioria das vezes, os salários são baixos, a carga horária elevada e a falta de segurança é muito grande. Mas, ainda assim, é o que resta: um emprego e a possibilidade de levar para casa o sustento para as famílias.
Não se pode extinguir simplesmente os cobradores. Antes de mais nada, se a modernização não permitir outra saída além da digitalização, o Poder Público Municipal tem o dever de providenciar trabalho para estes profissionais, caso contrário
criaremos um grave e insolúvel problema social a se somar aos tantos já existentes em Porto Alegre e na região metropolitana!

 
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