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18/10/2019

  Em solenidade no Plenário 20 de Setembro, nesta manhã (18), a Assembleia Legislativa concedeu ao vice-presidente da República, general da reserva Antônio Hamilton Mourão, a Medalha do Mérito Farroupilha, sua honraria máxima. A homenagem, aprovada pela Mesa Diretora, foi uma iniciativa do deputado Tenente-Coronel Zucco (PSL) e reuniu autoridades, amigos, familiares e colegas de farda do homenageado.

O deputado Zucco iniciou seu discurso enaltecendo a amizade, o respeito e a admiração pela figura de Mourão. "Verdadeiros amigos não saem nem da nossa memória, nem da nossa lembrança. Porque os verdadeiros amigos fazem parte da nossa história, da nossa andança", disse o parlamentar, observando ainda que "a camaradagem e a amizade eram atributos afetivos que os uniam para o resto da vida, a qualquer tempo e em qualquer lugar”.

Dirigindo-se ao homenageado, disse que ali ele estava entre amigos, admiradores e pessoas que viam na sua figura o ressurgimento de um novo Brasil. “Um Brasil que todas as pessoas de bem aspiram, um país onde o trabalho, a meritocracia, a transparência, a ética e os valores da pátria e da família são pilares”, disse. “A outorga da Medalha do Mérito Farroupilha resume o reconhecimento ao conjunto de suas virtudes”, completou.

Após seu pronunciamento, foi projetado um vídeo no qual amigos e colegas de farda do general destacaram suas qualidades, em especial a lealdade, a coerência e a capacidade de agregar as pessoas.

Emocionado, Mourão observou que ao longo da sua vida militar recebeu muitas medalhas e condecorações, mas assegurou que a do Mérito Farroupilha tinha para ele um significado e um sabor muito especial por ser concedida por representantes do povo gaúcho, “aqueles que foram eleitos pelo povo para trabalharem dentro desta Casa buscando a convergência, as melhores soluções, independente das orientações políticas de cada um”.

Sobre o nome da distinção, disse que “ser farroupilha era ser livre”, que pela liberdade se fez uma guerra no país e que, depois, se soube também fazer a paz por meio da figura de Caxias. “Foi feita uma anistia e aqueles que pouco tempo antes estavam combatendo uns contra os outros, cinco anos depois estavam combatendo lado a lado, ombro a ombro, contra o inimigo comum”, disse o homenageado. “Esse é o grande exemplo que o nosso estado, o nosso Rio Grande do Sul, tem que passar para todo o país”.

Mourão disse que se vivia hoje, no mundo, um momento muito peculiar de mudança, insegurança e inquietação. “Estamos saindo da economia industrial, da produção industrial em massa para a era do crescimento, a economia do crescimento, do emprego do capital associado à tecnologia e à capacidade de empregar essa tecnologia”, refletiu. “Essa mudança traz ansiedade e medo para a maioria das pessoas e compete a nós, que recebemos a delegação de poder do povo, buscar as soluções para esse problema que o mundo está enfrentando, que, por óbvio, respinga no país”, observou.

Também fez considerações sobre a guerra comercial e tecnológica entre os Estados Unidos e a China identificando três correntes de entendimento sobre o tema. “Dentro da grande nação americana, existe uma corrente que considera a China uma ameaça, porque o avanço tecnológico chinês poderia afetar a segurança nacional”, apontou. “Existe outra corrente que acha que o comércio chinês está sobrepujando de forma avassaladora o comércio americano”, continuou. “E existe outra corrente que acha que o regime chinês não é uma democracia ocidental e, em consequência disso, afeta os conceitos de ambientalismo e direitos humanos”.

Quanto ao Brasil, disse o país sofria pressão pela ascensão que vinha tendo no mundo. Segundo o vice-presidente, o resto do mundo estava estacionado, tinha limites para o seu crescimento, ao passo que o Brasil não, “desde que se façam as reformas necessárias para que se crie um ambiente de confiança e previsibilidade e os investimentos aflorem e, a partir daí, a economia entre nos trilhos e puxe o restante das necessidades da nação”. Para Mourão, é pelo crescimento que o país combaterá a desigualdade. “Temos que crescer, por que se não crescermos, não vamos romper a desigualdade que assola este país”, declarou.

Concluiu seu discurso afirmando que sua expectativa era que a população pudesse visualizar suas vidas dentro daquilo que o presidente americano Franklin Roosevelt chamou de “as quatro liberdades”: "a liberdade de expressão; a liberdade de religião; a liberdade de não sermos demandados, pressionados por ninguém; e a liberdade de sair às ruas em paz, em tranquilidade, e conviver pacificamente uns com os outros".

Biografia
O general Antônio Hamilton Mourão nasceu em 15 de agosto de 1953, na cidade de Porto Alegre, é filho do general de divisão Antonio Hamilton Mourão e de Wanda Coronel Martins Mourão. Incorporou as fileiras do Exército em 26 de fevereiro de 1972, na Academia Militar das Agulhas Negras, sediada em Resende – RJ, tendo sido declarado aspirante-a-oficial da arma de artilharia em 12 de dezembro de 1975.

Além dos cursos de formação, de aperfeiçoamento e de altos estudos militares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e do curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, possui os cursos básico paraquedista, mestre de salto, salto livre e guerra na selva. Durante sua vida militar, foi instrutor da academia militar das Agulhas Negras, cumpriu missão de paz em Angola, foi adido militar na embaixada do Brasil na Venezuela e comandou o 27° grupo de artilharia de campanha em ijuí.

Como oficial general, comandou a 2ª Brigada de Infantaria de Selva em São Gabriel da Cachoeira – AM e a 6ª Divisão de Exército em Porto Alegre. Foi comandante militar do sul, secretário de Economia e Finanças do Exército e presidente do clube militar na cidade do Rio de Janeiro. Elegeu-se vice-presidente da República em 28 de outubro de 2018, tomando posse no cargo em 1º de janeiro de 2019.

Presenças
Prestigiaram a cerimônia o senador Lasier Martins (Podemos); os deputados federais Bibo Nunes (PSL), Darcísio Perondi (MDB), Liziane Bayer (PSB), Marcel Van Hatem (Novo) e Ronaldo Santini (PTB); os deputados estaduais Edson Brum (MDB), Ernani Polo (PP), Fran Somensi (Republicanos), Franciane Bayer (PSB), Mateus Wesp (PSDB), Sebastião Melo (MDB), Vilmar Lourenço (PSL) e Zilá Breitenbach (PSDB); o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr.; o presidente do TRF 4, Victor Laus, entre outras autoridades.

 
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