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08/11/2017

O  presidente da Famurs e prefeito de Rio dos Índios, Salmo Dias de Oliveira, informou, nesta quarta-feira (8/11), que buscará o posicionamento dos gestores municipais que integram as 27 Associações Regionais, sobre a venda de ações do Banrisul. Conforme o anúncio do governo do Estado, em 4 de outubro, a medida determina que sejam vendidas 49% das ações ordinárias (com direito a voto) e os 7% das ações preferenciais (sem direito a voto) que ainda estão em poder da instituição financeira, fazendo com que o Estado mantenha o controle acionário de 51%. “A Famurs tem a atribuição de se posicionar diante de temas relevantes para o Rio Grande do Sul. Este assunto já vem sendo amplamente debatido e, na próxima assembleia de prefeitos, no início de dezembro, vamos definir uma posição por consenso, independente de questões ideológicas, que será apresentada ao governador José Ivo Sartori”, afirmou.

Os efeitos da venda de ações do banco foram apresentados ao dirigente da Federação nesta manhã, na sede da entidade, durante reunião com o coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público, deputado Zé Nunes, o presidente do SindBancários, Everton Gimenis, o diretor da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi RS), Carlos Rocha, e representantes de deputados estaduais, que são contrários à medida. Conforme as lideranças, a expectativa do Palácio Piratini é de que a efetivação da venda ocorra até o final de 2017.

Zé Nunes disse que a Frente Parlamentar foi lançada em março deste ano e solicitou apoio da Famurs no resguardo ao caráter público do Banrisul, presente em 347 municípios gaúchos. “É o único banco que existe em 96 cidades no Estado, sendo fundamental para a economia destas pequenas localidades”, alegou. Destacou, ainda, que com patrimônio líquido de R$ 6,7 bilhões, a instituição financeira apresentou lucro de R$ 643,5 milhões em 2016. O deputado informou que a Frente Parlamentar irá visitar 50 municípios estratégicos, para ampliar os debates sobre a temática.

Já o presidente do SindBancários falou sobre a função social do Banrisul ao atender pessoas de baixa e média renda, que são maioria em sua carteira de clientes. “Cerca de 87% dos correntistas ganham até três salários mínimos. O Banrisul exerce um papel insubstituível para os gaúchos, e os que mais irão sofrer serão os mais pobres, o funcionalismo público e os municípios que usam o banco para o pagamento de suas folhas”, ponderou. De acordo com Rocha, a médio e longo prazo o Estado irá perder, uma vez que deixará de receber os dividendos, como ocorrido com a venda de ações durante o governo Yeda.

 
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