Porto Alegre,
 
        
 
       
Artigos
Assembleia Legislativa
Famurs
FECOMÉRCIO
Governo do Estado
GRAVATAÍ
OAB
SIMERS
SISTEMA OCERGS/SESCOOP
 



 
  
 
 
03/11/2021

Entre  os objetivos fundamentais da nossa Constituição está a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades sociais e a promoção do bem de todos, sem preconceitos ou quaisquer formas de discriminação. Com certeza, os verbos nucleares dessas ações precisam ser informados por um dos mais caros dos direitos sociais, que é a educação, albergando direta e indiretamente a proteção à infância. Não é por acaso que a melhoria da escola pública ganha grande relevo na concretização dos objetivos fundamentais escolhidos pelo nosso país.
Porém, precisamos ir além. Precisamos valorizar os educadores e universalizar as escolas em tempo integral, de forma que as nossas crianças e adolescentes, além das atividades escolares regulares, tenham iniciação esportiva para desenvolver uma vida saudável, que possam participar de projetos culturais, como aulas de música, teatro, etc.
Além disso, terão uma alimentação saudável e balanceada, podendo se desenvolver plenamente, tornando-se cidadão plenos.
O caminho para atingir esse objetivo não é fácil! É tortuoso e cheio de dificuldades, mas não é por isso que não deve ser percorrido. Talvez seja por isso que não são muitos os políticos que se engajam na defesa incondicional da educação.
Observamos, muitas vezes, a educação pública como uma política de governo,
praticada por poucos corajosos. Contudo, o caminho virtuoso, que levará nossa sociedade a um outro patamar depende da defesa da educação como uma política de governo, como idealizou nosso saudoso líder Leonel de Moura Brizola.
Como lembra a autora e ex-deputada, Eliana Pedrosa: “um povo educado vota
melhor; um povo educado vota com a cabeça, não com o estômago”. Com Brizola foi diferente. Não é à toa que o ex-governador é chamado de estadista da educação. Já na década de cinquenta, jogava todos os recursos do Estado em ambiciosos programas de educação pública.
Implantou mais de seis mil escolas em quatro anos de governo no Rio Grande do Sul. Brizola semeou a mais consistente das bandeiras políticas. Assegurar a educação para todos. Em 1983, Brizola assumiu o governo do Rio de Janeiro e iniciou uma ação verdadeiramente maior e transformadora no campo da Educação, de amplitude e profundidade jamais alcançadas na história do país. Escolas foram restauradas, a rede de ensino foi ampliada, além do intenso esforço de participação e aperfeiçoamento do magistério. Mas o grande sonho estava para se realizar. Brizola deu o tom de seu governo: Educação integral para todas as crianças e adolescentes do estado. Trouxe o professor Darcy Ribeiro, trouxe o arquiteto Oscar Niemeyer. Trouxe o sonho de formar brasileiros plenos. O sonho da igualdade.
Nasceram, então, os Centros Integrados de Educação Pública - Os CIEPs.
Utopia ou algo perfeitamente possível?
Perfeitamente possível. Uma escola em tempo integral. Nela, as crianças passariam o dia inteiro. Lá estudariam. Lá teriam alimentação balanceada, esporte, cultura e lazer. O transporte até a escola seria feito sem o tão complicado passe estudantil. Uniformizados, os meninos e meninas do Rio entrariam nos ônibus pela porta da frente. Nos fins de semana, a escola aberta e servindo a comunidade com suas quadras
de esporte, suas bibliotecas, seus teatros e seu complexo aquático.
Muitos foram contrários à ideia. Muitos criticaram o governador Brizola. Para
que uma escola em tempo integral? Custa muito caro aos cofres públicos.
Uma criança no CIEP custa 45 dólares ao mês. É muito caro. No sistema de turnos, custa a metade. E os meninos e meninas do Brasil ficam mesmo é nas ruas.
E assim, eu Tanger Jardim, sigo a minha luta, com a educação como bússola. Com a educação como uma missão de vida.

 
Institucional | Anuncie Aqui | Edições Anteriores | Assine