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14/01/2021

Na     última quarta-feira (13/01) aconteceu a primeira reunião do ano da Comissão dos Agentes Autônomos da Fecomércio-RS. Entre os temas abordados no encontro on-line, foram destaque os efeitos da pandemia na economia do Estado e o cenário político nacional.

Na ocasião, o gerente da Assessoria Parlamentar da Federação, Lucas Schifino, apresentou um breve panorama da questão política no país, pontuando temas importantes como a eleição do presidente da Câmara dos Deputados e do Senado. Além disso, Schifino falou sobre como a pandemia acabou adiando importantes reformas, como a Fiscal, Administrativa, Tributária e outras questões como as privatizações e autonomia do Banco Central. ”Vai ser um ano complexo. Começamos 2021 com uma agenda de reformas que ficou parada em virtude da pandemia e com uma herança de dívida pública muito expressiva, com aumento na ordem de quase R$ 1 trilhão de reais“, sinaliza.

Na segunda parte da reunião, a economista da Fecomércio-RS, Giovana Menegotto, fez uma avaliação geral dos efeitos da pandemia na economia do Rio Grande do Sul e como está a sua recuperação. Como ponto inicial, retomou o momento inicial da pandemia sobre a economia do país, ”Nos últimos anos, vínhamos apresentando crescimentos pouco significativos, de forma que a expectativa para 2020 era de que o crescimento poderia finalmente ganhar força. Porém, com a pandemia o cenário mudou completamente e o que se esperava para o ano foi por água abaixo“, explica.

Enquanto a estimativa pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no começo da crise era que o país teria uma queda de 9% no PIB em 2020, a dinâmica da recuperação, com o suporte massivo do governo federal a famílias, empresas e estados e municípios, implicou uma revisão das expectativas ao longo dos meses, de forma que atualmente a expectativa é que 2020 feche com queda muito menor, de 4,4%.

Comparando os cenários estadual e nacional, as dinâmicas no que diz respeito à pandemia foram muito similares, com maior impacto das medidas de distanciamento social registrado no segundo trimestre de 2020, com reação expressiva no trimestre seguinte puxado pelo Comércio e pela Indústria. Os Serviços, porém, vem em dinâmica de recuperação mais fraca, devido às suas especificidades associadas ao atendimento presencial, sendo o setor mais afetado (e continuará assim enquanto houver não houver resolução da pandemia). ”No Rio Grande do Sul ainda tivermos um outro agravante combinado ao impacto das medidas de isolamento social. O efeito da estiagem. No 2º trimestre de 2020, tivemos uma queda na produção agrícola de cerca de 40% comparado ao mesmo período de 2019, o que contribuiu para que a queda no PIB do estado atingisse 17%, superando a contração registrada no país, que foi de -11%.“, esclarece.

Giovana destacou, ainda, a grande heterogeneidade que existe na retomada, observando-se, sobretudo o comércio. Enquanto vestuário e calçados ainda amargam perdas, mesmo que menores mês a mês, hipermercados e supermercados não apenas não tiveram quedas, mas sustentaram crescimento durante toda crise. O varejo de materiais de construção/ferragens, por sua vez, após o primeiro impacto negativo da pandemia, entrou em trajetória ascendente e sustentada. ”Nessa questão o auxílio emergencial foi fundamental, contribuindo para o aumento da demanda de bens básicos, sobretudo alimentos, mas também sobre materiais para reparos e manutenção com as pessoas promovendo melhorias estando mais tempo dentro de casa”.

Para finalizar, a economista falou sobre o desemprego. ”No mercado de trabalho formal, segundo o Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o Brasil já recuperou 93% do emprego formal que foi destruído de março a junho. No estado também estamos reagindo e o emprego formal vem em recuperação, mas ficamos ainda em 60%. Observando por setor, além da construção civil, a indústria e o comércio puxam as altas, tendo recuperando mais de 70% das vagas fechadas. O setor de serviços apenas 36%, evidenciando a trajetória mais difícil para a retomada do setor “, finaliza. A próxima reunião do grupo está prevista para o mês de março.

 
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