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11/09/2020

Para  onde vai o lixo que produzimos? Com o propósito de responder a esta questão, a Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Saúde e Meio Ambiente e do gabinete do deputado Gabriel Souza (MDB), relator da Subcomissão para debater a Situação dos Aterros Sanitários no Rio Grande do Sul, promoveu, na tarde desta quinta-feira (10), o seminário Caminhos da Sustentabilidade - a destinação dos resíduos sólidos no RS. O evento ocorreu de forma híbrida e reuniu, no Teatro Dante Barone e em ambiente virtual, autoridades na área ambiental, empreendedores e lideranças políticas.

As manifestações dos convidados foram intercaladas por apresentações de trechos do documentário "Cidades do Lixo", produzido a partir dos registros das atividades realizadas pela Subcomissão. São depoimentos e imagens das visitas a aterros localizados no Rio Grande do Sul e outros estados, que mostram o descarte do lixo e as soluções ambientalmente sustentáveis, como, por exemplos, o reaproveitamento de isopor ou a transformação da cava de minas de carvão em um aterro considerado adequado. “Normalmente, as subcomissões encerram seus trabalhos com a aprovação de um relatório escrito. Nossa experiência, no entanto, foi tão rica, que decidimos produzir um documentário”, explicou Gabriel Souza.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ernani Polo (PP), participou do encontro de forma virtual. Ele enviou uma mensagem em que ressaltou a importância do trabalho realizado pela Subcomissão e lembrou que a responsabilidade com a destinação adequada do lixo exige o comprometimento de todos.

Referência
Apesar de ainda enfrentar problemas, o Rio Grande do Sul é tido como uma referência na destinação dos resíduos sólidos. Aqui, 95% destes rejeitos são depositados de forma adequada. O diretor-presidente Companhia Rio-Grandense de Valorização de Resíduos (CRVR), Leomyr Girondi, considera que o estado avançou significativamente a partir de 1999, quando as soluções para o lixo produzido pela população eram locais, dificultando a fiscalização e a manutenção dos aterros. “O Rio Grande do Sul reagiu rápido e, por meio de soluções consorciadas com a iniciativa privada, atingiu o percentual de 95% em aterros licenciados. Com isso, chegou muito próximo da implantação plena da Política Nacional dos Resíduos Sólidos”, apontou.

A presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental, Marjorie Kauffmann, afirmou que, mesmo antes da legislação nacional sobre o tema, a Fepam já monitorava os municípios e atuava para promover a transição dos antigos lixões para aterros controlados. Frisou, no entanto, que a destinação adequada é uma produção contínua, que deve ter como objetivo “aproveitar o máximo de tudo” e só depois destinar para os aterros. Para que isso aconteça, ela considera que o trabalho dos catadores é fundamental.

Já o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Daniel Martini, abordou os desafios do Poder Público e dos empreendedores que atuam no setor. Segundo ele, os municípios, apesar dos esforços, ainda têm dificuldades para cumprir, integralmente, a legislação, pois muito material que ainda pode ser reaproveitado acaba sendo depositado nos aterros.

Martini considera que as operações públicas em aterros não tiveram os resultados esperados, e que os que funcionam de forma adequada são controlados pela iniciativa privada.

© Agência de Notícias

 
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