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25/07/2020

O  Brasil, segundo admite a Organização Mundial de Saúde (OMS), já atingiu o pico da Covid-19. Os gráficos, tão amplamente divulgados pelas emissoras de TV, algumas com sensacionalismo e drama exacerbado, demonstram claramente que chegamos ao platô e que agora começamos a registrar redução da incidência de contaminados e de mortos.

É algo a se comemorar, depois de meses de sofrimento e angústia, e da bagunça institucional gerada pelo Supremo Tribunal Federal que transferiu a estados e municípios a responsabilidade pelo enfrentamento da pandemia, inclusive a adoção de protocolos de medicamentos e de medidas de flexibilização do isolamento social. Coube ao Governo Federal, apenas, a liberação de recursos, que não foram poucos, e o pagamento de auxílios financeiros a milhões de brasileiros que perderam o emprego ou se encontram em situação de miséria e de fome em seus isolamentos domésticos.

Agora, o que assistimos é uma enxurrada de notícias de esquemas de compras superfaturadas e desvios de dinheiro federal que deveria estar ajudando a salvar vidas. Os próximos capítulos dessa ópera bufa e de mal gosto, não tenho dúvidas, serão muitos processos judiciais e prisões. Políticos graúdos de estados importantes, como São Paulo e Rio de Janeiro, além da prisão iminente, estão tendo que conviver com a possibilidade de sofrerem impeachment e encurtarem suas carreiras.

Ao mesmo tempo, a oposição brasileira perdeu uma grande oportunidade de demonstrar grandeza, amadurecimento político e, porque não dizer, amor à Pátria. Ao contrário, o que ficou evidente foi a falta de sensibilidade e de vergonha na cara, o cinismo e a hipocrisia diante do sofrimento de toda uma Nação.

Fontes de inspiração internacional não faltaram para que a oposição brasileira demonstrasse alguma grandeza. Vou citar uma que considero a mais clara. No último dia 18 de março, em Portugal, o líder do Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, o deputado Rui Rio, afirmou que “este não é um governo de um partido adversário, mas o governo do nosso País. Todos nós temos de ajudar no combate a esta calamidade. Não somos a oposição, somos a colaboração. Temos de ser, todos, soldados na disponibilidade para ajudar neste combate”. Com esta declaração, Rui Rio se posicionou favorável à declaração do estado de emergência em função da pandemia de Covid-19 em Portugal, anunciando que votaria favoravelmente e oferecendo colaboração do seu partido ao Governo de centro-esquerda. Ou seja, a oposição portuguesa não foi oportunista, demonstrou grandeza e espírito público, juntando forças ao governo para enfrentar o mal maior, a pandemia do coronavírus.

Infelizmente, o posicionamento elogiável de parceria registrado em Portugal foi ignorado aqui, no Brasil. Ao contrário de defender um pacto social e econômico em momento de crise, os partidos de oposição tupiniquins continuaram rezando o mesmo mantra, o do “quanto pior, melhor”. Seus líderes, respaldados por grande parte da mídia “funerária”, ao invés de oferecer ajuda, pelo bem de todos os brasileiros que perderam seus empregos e das famílias que sofreram com a morte de entes queridos, empenharam-se em criar factoides e intrigas. Seus líderes, como o condenado Luiz Inácio Lula da Silva, só abriram a boca para pronunciar despautérios, ao invés de apresentar sugestões ou conselhos que valessem a pena ser seguidos. A última “pérola” do petista foi afirmar que Bolsonaro “inventou estar com Covid-19 para promover a Cloroquina”. Bizarro!

A atuação questionável dessa oposição temos visto na Câmara e no Senado, onde o presidente Jair Bolsonaro vem sofrendo algumas derrotas, por não se submeter a conchavos, práticas comuns em governos anteriores. Medidas provisórias importantes, inclusive para enfrentamento da pandemia, caducaram por falta de votação dentro do prazo.

Vivemos um momento decisivo para nosso país, o mais grave depois da segunda guerra mundial. Enfrentamos um inimigo igualmente global, mas invisível e mortal. Por conta da pandemia, o Brasil vê-se obrigado a enfrentar uma outra batalha, que ameaça destruir o futuro de gerações de brasileiros, pautada no ódio e na hipocrisia de uma oposição que perdeu o bonde da história.

 
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