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28/10/2019

   Embora a relação do povo judeu com a dança remonte a tempos ancestrais, a expressão dança israeli designa a dança folclórica judaica que floresceu a partir da criação do Estado de Israel, em 1948. O grupo Kadima, que comemora 40 anos em 2019, é uma instituição dentro desse universo: é o principal grupo do gênero no Rio Grande do Sul e um dos maiores do Brasil, tendo congregado diferentes gerações de bailarinos com o passar das décadas.
Cada fase deixou sua marca, mas todas estarão representadas no espetáculo Kadima 40 Anos, que reunirá 148 bailarinos, entre atuais e ex-membros, no palco do Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº), em Porto Alegre, nesta quinta-feira (31), às 20h30min. Os ingressos estão esgotados.

— Escolhemos as danças que mais impactaram o público e a vida dos dançarinos – afirma Amanda Mattos Schwetz, que assina a direção coreográfica ao lado do marido Lucas Schwetz e de Mariana Wainer. — Queremos reviver boas histórias, pois muitas gerações de dançarinos passaram pelo Kadima em sua história.

Serão 13 coreografias autorais, criadas desde 1979, que fazem um percurso histórico da evolução do grupo, refletindo o desenvolvimento da dança israeli no mundo. Estarão presentes, por exemplo, números alusivos ao primeiro momento da dança folclórica surgida em Israel, que trazia influência dos imigrantes do leste europeu, como a polca e a hora, esta tendo se erigido como símbolo nacional.

Com o passar do tempo, a dança israeli começou a absorver a diversidade de origens que formam o povo judeu em danças étnicas, que também serão apresentadas amanhã. Uma amostra generosa dessa vertente pôde ser vista pelo público no espetáculo Etnias, com o qual o Kadima venceu três Prêmios Açorianos de Dança em 2015: de melhor espetáculo, melhor produção e destaque em danças étnicas.


Gerações

O terceiro eixo da nova montagem será o das coreografias temáticas, que recriam passagens da história e da cultura dos judeus, entre elas uma sobre o personagem bíblico Moisés, que conduziu os judeus da escravidão no Egito em direção à Terra Prometida, e uma sobre o navio Exodus, visão heroica sobre a fundação do Estado de Israel consagrada no livro Exodus (1958), de Leon Uris, e na adaptação cinematográfica lançada dois anos depois por Otto Preminger, com Paul Newman. Lucas Schwetz explica que os bailarinos estarão divididos em diferentes grupos durante o espetáculo:

— Teremos coreografias com o elenco atual e com as gerações dos anos 1980, 1990 e 2000. Além disso, alguns trabalhos voltam periodicamente ao repertório, e, por isso, serão dançados por bailarinos de diferentes fases juntos. Por fim, teremos números com grupos de adolescentes, que chamamos de "futuros Kadimas".

As comemorações dos 40 anos começaram em março, em uma turnê nos Estados Unidos na qual o grupo se apresentou em eventos e espaços dedicados à cultura judaica em Boston, Washington e Nova York. E vem mais por aí. No final de novembro, o Kadima receberá o grupo israelense Misgav para um espetáculo conjunto no Teatro Renascença, apresentando coreografias dos dois elencos e contando ainda com outros convidados.

 
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