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16/08/2019

 

O suicídio é um fenômeno social complexo, que pode se manifestar com diversos sinais e tem múltiplas causas. Ele não atinge grupos específicos, mas todos os eixos das sociedades contemporâneas, sem restrição de classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano 800 mil pessoas tiraram a própria vida. Embora multifacetado, o suicídio pode ser prevenido. E justamente para evitar casos futuros e minimizar os índices desse tipo de óbito é que a Prefeitura de Canoas implementou, nessa quarta-feira (14), o Comitê de Valorização da Vida e Prevenção ao Suicídio.

No Brasil, a região que indica o maior número de casos de suicídio é a região Sul, com cerca de 30% dos casos, segundo o Ministério da Saúde. Por isso, a demanda por políticas públicas é fundamental. “Nós estamos pensando na saúde das pessoas por completo. Criando programas que vão desde a promoção da saúde, na Atenção Primária, com práticas alternativas e terapias em grupo, que irão ocorrer nas Clínicas de Saúde da Família, até nos casos mais extremos, que é o suicídio, com a criação deste comitê”, destacou o prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, no lançamento do órgão.

O Comitê de Valorização da Vida e Prevenção ao Suicídio vai reunir representantes das secretarias da Saúde, Desenvolvimento Social, Educação, Segurança Pública e Cidadania e os Conselho Municipal de Saúde; Conselho Tutelar e a Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Canoas. Entre as atribuições do órgão está a elaboração da Política Municipal de Promoção da Vida e da Prevenção do Suicídio, que irão determinar as diretrizes, no âmbito do Poder Público, para a promoção de ações que evitem o suicídio e as doenças causadoras do fenômeno.

Sinais de alerta

Especialistas afirmam que não existe uma fórmula para detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, nem se tem algum tipo de tendência suicida. Porém, um indivíduo em sofrimento pode dar certos sinais, que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos próximos, principalmente se muitos desses sinais se manifestam ao mesmo tempo, tais como:

– O aparecimento ou agravamento de problemas de psicológicos ou de manifestações verbais. Essas manifestações não podem ser interpretadas como ameaças nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real.

– Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança. As pessoas sob risco de suicídio costumam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos

– Uso frequente de expressão de ideias ou de intenções suicidas, como: “Vou desaparecer”, “Vou deixar vocês em paz”, “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”.

– As pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer.

Fatores externos

De acordo com o Ministério da Saúde, exposição ao agrotóxico, perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, conflitos familiares, perda de um ente querido, doenças crônicas, dolorosas e/ou incapacitantes, entre outros podem ser fatores que vulnerabilizam, ainda que não possam ser considerados como determinantes para o suicídio. Sendo assim, devem ser levados em consideração se o indivíduo apresenta outros sinais de alerta para o suicídio.

O que fazer diante de uma pessoa sob risco de suicídio?

– Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio.

– Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento.

– Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa

– Se a pessoa com quem você está preocupado(a) vive com você, assegure-se de que ele(a) não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa.

– Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.

ONDE BUSCAR AJUDA

CAPS III Recantos dos Girassóis
Rua Frederico Guilherme Ludwig, 180 – Centro CEP: 92310-240 – FONE: 3785-5003 / 3785-5002

CAPS AD III Travessia
Rua Sepé Tiaraju, 116 – Centro CEP: 92010-210 – FONE: 3031-2219

CAPS AD III Amanhecer
Rua XV de Novembro, 82 – N Sra. das Graças CEP: 92025-380 – FONE: 3031-3331

CAPS II Novos Tempos
Rua São Caetano, 102 – Marechal Rondon CEP: 92020-450 – FONE: 3785-6057

CAPSIJ Arco-íris
Rua Padre Réus, 115 – Mathias Velho CEP 92340-130 – FONE: 3477-0903

Em casos de emergências procure uma UPA 24h, SAMU pelo telefone 192 ou o Hospital de Pronto Socorro.

Centro de Valorização da Vida

O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e mail, chat e voip 24 horas todos os dias. A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, são gratuitas a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular. Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita.

 
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