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10/12/2018 |
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A história de um conjunto de edificações projetado pelo arquiteto Joseph Lutzenberger na década de 20 no bairro Floresta, em Porto Alegre, que se transformou num centro cultural e educacional e núcleo de práticas criativas e colaborativas. Esse é um resumo rápido do que os espectadores verão nos quatro episódios do documentário Vila Flores – Território e Memória, que será lançado na terça-feira, dia 11 de dezembro, a partir das 18h, no próprio Vila Flores, com entrada franca. Os filmes serão projetados nas paredes históricas do complexo arquitetônico a partir das 20h30.
Realizado pela Associação Cultural Vila Flores, o projeto foi financiado pelo Pró-Cultura RS FAC – Secretaria de Estado da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer. Ele foi selecionado no edital do concurso na categoria Ações de proteção para memória e patrimônio. A equipe envolvida no projeto acredita que os episódios são um registro histórico que permeia a Porto Alegre do século XX e XXI. Todo o processo, desde a captação de imagens, a pesquisa documental, as animações, a direção, o design gráfico, a trilha sonora, e tudo o que envolveu a criação e execução dos quatro episódios, foi colaborativo e feito pelos residentes do Vila. Antônia Wallig, coordenadora geral do projeto, acredita que a história do Vila Flores pode servir de inspiração para outros espaços se ressignificarem e se transformarem, impulsionando assim o surgimento de iniciativas semelhantes em diferentes contextos.
No episódio 1, dirigido por Marcelo Monteiro, do Estúdio Hybrido, é apresentada a história arquitetônica do conjunto de edificações. Projetado entre 1925 e 1928 por Joseph Lutzenberger, ele foi construído para ser usado como casa de aluguel para os trabalhadores da região. O episódio 2, chamado de Memórias, é assinado por Juliano Ambrosini e Nando Rossa, da Bumbá. Nele, vemos as histórias dos antigos moradores e frequentadores do espaço, que o vivenciaram quando ainda era um conjunto residencial. Coletivos é o nome do terceiro episódio. Dirigido por Monteiro, ele mostra, a partir de 2012, a reconfiguração do local como centro cultural e educacional e núcleo de práticas colaborativas e a chegada dos primeiros grupos em 2014. Para encerrar, Ambrosini e Rossa mostram o cotidiano e as atividades desenvolvidas pelos residentes desse novo espaço, que inovam diariamente ao reinventar as relações de convivência e trabalho em comunidade.
Durante o lançamento, além da projeção dos documentários, haverá uma jam session ao vivo com os músicos do Armazém Sonoro e simultaneamente uma performance de dança com Jackson Brum. “Vamos executar ao vivo o mesmo processo que usamos para criar as trilhas do documentário” explica Márcio Machado do Armazém Sonoro. Dentro do galpão haverá uma exposição temporária de fotografias mostrando as diferentes fases do Vila Flores. A dupla de artistas visuais Koubiks e Victor Hugo do Studio Insonia farão uma Live Painting, que é uma improvisação performática em pintura . As lojas e ateliês do Vila Flores estarão abertos para visitação. Comidinhas e bebidas serão vendidas durante o evento.
Na quarta-feira (12), dia seguinte ao lançamento oficial, haverá uma sessão especial para os alunos da Escola Convexo lá mesmo no Vila Flores. A Convexo é uma iniciativa na área de educação que propõem aulas com metodologias inovadoras de comunicação, lógica e empreendedorismo, para alunos das escolas públicas, no turno inverso das aulas, visando desenvolver líderes de comunidades em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Em março de 2019, o documentário será exibido em pelo menos três escolas públicas de POA, seguido de bate-papo com os idealizadores.
O Vila Flores:
Situado na Rua São Carlos esquina com a Rua Hoffmann, no bairro Floresta, em Porto Alegre, o Vila Flores é uma comunidade de práticas colaborativas criada em 2012 por artistas, empreendedores criativos e sociais e produtores culturais. O complexo arquitetônico formado por três edificações e um pátio está listado no Inventário do Patrimônio Cultural de Bens Imóveis do Bairro Floresta. Em 2016, foi um dos projetos apresentados no Pavilhão do Brasil na Bienal de Arquitetura de Veneza, na Itália e recebeu o Prêmio Brasil Criativo na categoria arquitetura.
Atualmente, o espaço abriga diversas funções: local para a realização de atividades socioculturais (coordenadas pela Associação Cultural Vila Flores), espaço de trabalho de dezenas de artistas e empreendedores criativos – os residentes – e ambiente de aprendizado.
O QUÊ: lançamento do documentário Vila Flores – Território e Memória (com jam session musical, performance de artistas, exposição de fotografias e comidinhas e bebidas).
QUANDO: terça-feira, dia 11 de dezembro, a partir das 18h.
ONDE: Vila Flores – rua São Carlos, 753, bairro Floresta.
QUANTO: entrada franca |
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