Porto Alegre,
 
        
 
       
Artigos
Assembleia Legislativa
Famurs
FECOMÉRCIO
Governo do Estado
GRAVATAÍ
OAB
SIMERS
SISTEMA OCERGS/SESCOOP
 



 
  
 
 
09/04/2018

Urna  Eletrônica e voto impresso.

Há uns quinze anos atrás meus dois filhos atuaram junto à Justiça Eleitoral de Caxias do Sul como fiscais de apuração dos votos, pois um é da área da infomática, hoje fazendo Doutorado no exterior e o outro da área da informática/eletrônica e ambos saíram com uma convicção: é possível fraudar a eleição na apuração dos votos.
Por outro lado, à época, escrevi dois artigos/denúncia que foram publicados pelo Jornal Pioneiro com os títulos: “Fraude eleitoral”, que o Desembargador Melíbio, participando de programa de TV, considerou impossível o fato, então, escrevi outro intitulado “Cartão magnético já”, e apontei fatos que ocorreram e que fraudaram a eleição de 2000 em Caxias do Sul e que foi vencida por tão somente 824 “inexplicáveis” votos.
O ponto mais frágil da eleição estava na hora da recepção dos votos, tendo em vista que os mesários possuíam o nome completo do eleitor, o respectivo número do título e como aconteceu na minha frente quando fui votar, “alguém” já tinha votado por outro, pois era só o mesário liberar a urna para votação e qualquer um podia votar, até uma criança. As fraudes correram soltas nas mesas eleitorais. Agora, com o voto biométrico, o problema parece que está sanado.
Mas aonde continua o mais visível ponto frágil da eleição?
É na transferência dos votos da urna eletrônica para os servidores que fazem a totalização dos votos.
Tivemos o caso, aqui em nossa cidade, Caxias do Sul -RS, em que a apuração foi suspensa e quando voltou, os números estavam favorecendo o outro candidato e que ganhou apertado, mas ganhou.
Portanto, os testes, as demonstrações de confiabilidade das urnas eletrônicas efetivados pela Justiça Eleitoral são todos elogiáveis, mas isto me faz lembrar o canto do “quero-quero”, pois o problema está em outro lugar, ou seja, na transferência dos votos das urnas eletrônicas para os servidores da Justiça Eleitoral.
Todos os esforços da Justiça Eleitoral para que a eleição seja honesta, transparente e que represente de fato a vontade da maioria dos eleitores só merece nossos elogios, mas nós eleitores precisamos ser ouvidos e atendidos quando apontamos possíveis fragilidades no precesso da eleição, assim sendo. a impressão do voto é um componente fundamental para que tenhamos um mínimo de confiabilidade na votação através das urnas eletrônicas, pois o controle biométrico, fecha a porta para a fraude dos mesários, o voto impresso fecha a grande brecha para especialistas em programação, computação e na área da informática, quando da PASSAGEM dos votos da urna eletrônica, para os SERVIDORES do TSE/TRE que farão a totalização da votação. O Poder Legislativo e principalmente a Justiça Eleitoral precisa dar mais este passo no aprimoramente do sistema e, particularmente, na CONFIABILIDADE para os eleitores brasileiros, no atual sistema eletrônico adotado no Brasil nas votações. Precisamos de ações e não de afirmações que em nada nos tranquilizam e muito menos correspondem à realidade dos fatos.


 
Institucional | Anuncie Aqui | Edições Anteriores | Assine