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04/07/2017 |
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Os 45 anos do Festival de Cinema de Gramado, reconhecido como o maior do gênero com realizações ininterruptas no Brasil, foram homenageados pela Assembleia Legislativa na manhã do dia 3 de junho, em cerimônia realizada nas dependências do Salão Júlio de Castilhos. Na presença de representantes do governo do Estado, de realizadores, produtores, gestores públicos e ativistas culturais, o presidente do Parlamento gaúcho, deputado Edegar Pretto (PT), fez a entrega da placa alusiva a data ao prefeito de Gramado, João Alfredo de Castilhos Bertolucci. Ao fazer referência que as histórias, sejam elas baseadas ou não em fatos, inspiram o cinema, o presidente da ALRS destacou que a Casa também produziu, para o 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres "uma historia da vida real para conscientizar a população pelo fim da violência contra as mulheres". Edegar se referiu ao vídeo, apresentado aos presentes, que contou a história de Bárbara Pena, que perdeu seus dois filhos, em novembro de 2013, ao ser espancada pelo ex-companheiro, ter seu corpo queimado e jogado do terceiro andar do prédio em que morava. As duas crianças vieram a falecer dois dias depois por conta da intoxicação resultante da fumaça do incêndio em seu apartamento. O trabalho, dirigido e editado por Thiago Koche, com produção de Karen Lose, ultrapassou, até a semana passada, a marca das 4 milhões de visualizações. "São histórias como essa e as que passam nos filmes do festival que queremos que todos e todas assistam para que possamos construir um mundo melhor e mais justo", afirmou Edegar, acrescentando que o debate da igualdade e equidade de gênero é uma das grandes causas escolhidas pela sua gestão à frente da presidência para "que histórias como a da Bárbara não passem em branco e que outras Barbaras" também não passem pelo que ela sofreu", disse. Para o chefe do Parlamento, os 45 anos do Festival demonstram ainda que "o Rio Grande do Sul deve muito a Gramado" por ter inserido o nome do estado nos cenários nacional e internacional de cinema. "O festival é uma imagem positiva da cultura e do turismo em movimento. Aqui, uma pessoa que representa o Poder Executivo, o governo do Estado, reconhece o quanto este Parlamento vem apostando no cinema brasileiro produzido no RS", afirmou o secretário estadual da Cultura, Victor Hugo Alves da Silva. Atuando como apoiadora do evento desde a década de 1990, a Casa inciciou sua participação na organização do festival em 2004, quando foi criado o Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema para a Mostra Gaúcha de Curtas. A parceria tem como objetivo incentivar, promover e valorizar a produção cinematográfica no estado e distingue categorias estéticas e técnicas do cinema como atriz, diretor, diretor de fotografia e diretor de arte. Nas falas foi lembrado do período mais difícil do festival, quando em 1990 o então presidente Fernando Collor de Mello extinguiu a Embrafilme. "Ficamos sem produção nacional. Tivemos que ir a Brasília e em dois dias percorrer 17 embaixadas para conseguirmos trazer produções de 14 países para o festival", entre eles Venezuela, Peru, México, Portugal, Argentina, Chile, Espanha, Cuba e Colômbia (foi quando o Festival se tornou internacional com uma edição ibero-americana), destacou o prefeito Bertolucci, ele próprio presidente do evento em três edições. Na semana que vem, anunciou o presidente da GramadoTur, Edson Nespolo, será realizado no Cine Capitólio, no Centro Histórico de Porto Alegre, o anúncio dos filmes (foram mais de 700 inscrições), atores, atrizes, diretores e representantes das demais categorias concorrentes na edição deste ano, que ocorrerá na segunda quinzena de agosto na serra gaúcha. |
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