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15/06/2017




O  espaço do Grande Expediente da sessão plenária desta quarta-feira (14), na Assembleia Legislativa, foi ocupado pelo deputado Juvir Costella (PMDB), que fez homenagem aos 100 anos do Colégio Scalabrini. Da tribuna, o parlamentar disse ser “um prazer e um orgulho poder realizar este registro em deferência a uma instituição tão séria, representativa e que há um século desenvolve um trabalho fundamental à formação da comunidade de Guaporé”.

Iniciou lembrando suas origens. “Sou natural da cidade, vim da Linha Emília, Dois Lajeados (agora município) e tenho as melhores lembranças da região, uma infância feliz ao lado da enorme família Costella”, recordando. Disse que registrava os fatos como forma de enfatizar a importância para ele, “como parlamentar guaporense que sou, em retribuir ao menos um pouco tudo que foi feito até aqui pelo Colégio Scalabrini, que forma até hoje cidadãos conscientes, atuantes e críticos, características essenciais para uma sociedade desenvolvida”.


História

Sublinhou que, ao longo desse período, o colégio marcou a política, a economia, a sociedade e a produção intelectual do município. “A história começa em fevereiro de 1917 e está intimamente ligada ao contexto da imigração italiana no Brasil, quando o italiano Dom João Batista Scalabrini fundou, em 1895, a Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo/Scalabrinianas, com o objetivo de ajudar a quem chegava ao nosso país em busca de uma vida melhor. E deu muito certo”, apontou Costella.

As irmãs carlistas scalabrinianas passaram a atuar em diferentes segmentos e, ao final de fevereiro de 1917, Guaporé, em “grande alvoroço”, acolheu as primeiras quatro irmãs, que vinham a cavalo desde Bento Gonçalves, para fundar uma escola destinada a educar as filhas dos imigrantes. “Poucos dias depois, em cinco de março, na residência de Marina Magnanti, teve início a grandiosa obra educativa da instituição”, acrescentou.

Observou que, passadas as dificuldades inciais de implementação das atividades, na década de 30, e com o alto número de alunas matriculadas, as dependências da escola ficaram pequenas. “Com o tempo, houve espaço, igualmente, para os meninos, formando aulas mistas”, agregou. Com a chegada do padre Ângelo Corso à cidade, em 1939, tiveram início as tratativas para a compra de lotes para que, em 1940, começassem os trabalhos no alto do morro onde situa-se até hoje.


Dedicação

Passados esses 100 anos, a força do Colégio Scalabrini é reflexo de “muito suor, dedicação e trabalho para desenvolver a educação do município”, destacou Costella, frisando que são poucas as instituições que conseguem atravessar um século de história, “mantendo viva a missão de educar jovens dentro de valores como civilidade e solidariedade”.

Juvir Costella disse que tinha consciência de que não foi nada fácil chegar até aqui e sedimentar esta bela trajetória, envolvida em dificuldades, superações e alegrias. “Essa vocação para o ensino rendeu muito frutos, não somente para Guaporé e região, mas para todo o Estado”, observou, citando a presença, na sessão, do desembargador federal e vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, João Pedro Silvestrin. “Ele é um dos tantos filhos ilustres do Colégio Scalabrini, onde estudou por 9 anos e foi presidente do grêmio estudantil. Até hoje, tudo que aprendeu está vivo na sua memória, que ele trouxe para a vida”, citou.

Homenageou, de forma especial, a irmã Célia Moquêti, uma das fundadoras do colégio e, atualmente, com 94 anos. Conhecida como a “irmã do cachorro quente”, mencionou, trabalhava na cantina e dava aula de religião. “Até hoje, mora nas instalações da instituição e é muito querida por todos. A irmã Célia representa exatamente este espírito de dedicação do Colégio Scalabrini”, comentou.

Na sua opinião, o país estaria em outro patamar político e cultural, “se o trabalho feito em Guaporé pelo Colégio Scalabrini fosse feito em outras escolas brasileiras!”. Somente a educação, prosseguiu, poderá colocar o Brasil nos trilhos, adendou, colocando que é preciso refletir mais sobre esta realidade “aqui, no Parlamento gaúcho”, cobrou. Por fim, destacou mensagem do pensador Augusto Cury: “um homem sem história é como um livro sem letras!, e isso, amigos, o Colégio Scalabrini tem de sobra, podem ter certeza. É, realmente, um grande exemplo para todos nós!”.


Apartes

Em apartes, manifestaram-se os deputados Sérgio Turra (PP), Nelsinho Metalúrgico (PT), Vilmar Zanchin (PMDB) e Gilmar Sossella (PDT).


Autoridades

Presentes à cerimônia, o chefe de gabinete do governador do Estado, João Carlos Mocellin, representando o governador José Ivo Sartori; a representante do governo provincial da Província Cristo Rei, conselheira irmã Edi Maria Aid; a diretora do Colégio Scalabrini, de Guaporé, Eliana Reolon; a vice-diretora, irmã Rosani Maria Carminatti; o vice-presidente do TRT da 4ª Região, desembargador João Pedro Silvestrin; vice-prefeito de Guaporé, Adalberto João Bastian; o presidente da Câmara Municipal guaporense, Homero Loreni Marcolina e o representante da Arquidiocese de Porto Alegre, bispo Dom Adílson Pedro Busin.

 
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