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18/12/2015

A  semana que se avizinha nos reserva importantes desdobramentos que poderão amenizar ou intensificar a crise política que vivemos, fomentada em grande parte por aqueles que ainda não se conformaram em perder as eleições presidenciais do ano passado. E, por isso, tentam, de forma obstinada, destituir a presidente Dilma, mesmo que isso signifique continuar paralisando o País e contribuir, decisivamente, para a ampliação da crise econômica. O movimento golpista fica, a cada dia que passa, mais evidenciado.
Nos últimos dias, juristas respeitados, incluindo a própria representação máxima dos advogados do Brasil, tem garantido que não há fundamento legal para o impedimento da presidente. Entidades das mais representativas, como a CNBB e tantas outras ligadas aos movimentos sociais, assim como personalidades respeitadas da vida nacional, fazem coro ao “não vai ter golpe”. Partidos políticos, mesmo aqueles de matiz mais radical e não alinhados com o governo central, também firmam posição e se colocam contrários ao impeachment.
Em paralelo, os golpistas, liderados pelo Eduardo Cunha, lançam mão de todas as manobras possíveis para fazer avançar um processo que não deveria nem ser aceito pela Câmara dos Deputados, tal a sua fragilidade jurídica. Não é de estranhar. Do Cunha, que já barrou, com artimanhas, sete vezes a abertura do seu processo na Comissão de Ética, pode se esperar de tudo. Assim como de muitos que, cegamente, inflados pelo seu ódio ao PT e ao que o partido representa para o País, miram na presidenta Dilma para tirar Lula da eleição de 2018 e, mais do que isso, aniquilar o petismo, especialmente pelos acertos praticados nos quatro mandatos em que governa o País.
Ao contrário do que a grande imprensa repete como uma mantra, nestes 13 anos de governo petista não houve apenas corrupção. Matéria da Folha de São Paulo, reconhece, em pesquisa de fôlego, que “Em 13 anos de PT no poder, o Brasil distribuiu sua renda como em nenhum período da história registrada pelo IBGE. Todos ganharam. Quanto mais pobre, melhor a evolução. Foram 129% de aumento real (acima da inflação) na renda dos 10% mais pobres. Nos 10% mais ricos, 32%.” Conquistas que são, deliberadamente, escondidas da população. É disso que estamos falando.
No período, os principais mecanismos de combate aos “maus feitos” foram criados e colocados em prática. Não fossem os governos de Lula e Dilma, que criaram a Controladoria Geral da União, fortaleceram e deram autonomia à Polícia Federal, deram independência à Procuradoria Geral e implementaram a Lei da Delação Premiada, entre tantas outras ferramentas, a corrupção enraizada em nossa sociedade continuaria sendo apenas tema de conversas em rodas sociais.
A julgar pelo fracasso nacional das mobilizações pró-impeachment deste domingo, em que se “comemora” os 47 anos de uma das datas mais sombrias da História contemporânea do Brasil, a decretação do AI-5, nos parece que a população começa a perceber quais os verdadeiros objetivos destes movimentos golpistas, muitos deles patrocinados pelos grandes capitalistas internacionais, sediados nos Estados Unidos, interessados apenas em desestabilizar governos progressistas da América Latina.
Mas, nós não nos entregamos. Estamos nas ruas, cada vez mais fortes, ao lado dos verdadeiros democratas, enfrentando os golpistas. Lutando para continuar avançando com mais democracia. E gritando, com todas as forças de nossas convicções e a certeza de que, apesar da crise, que não é só nossa, pois tem perfil mundial, não vai ter golpe.

 
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