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12/01/2022

Com  as atividades presenciais suspensas na Assembleia Legislativa em função da pandemia, o destaque do Fórum Democrático da Assembleia Legislativa em 2021 foi o painel educação, inclusão e envelhecimento. A atividade em formato híbrido reuniu representantes de entidades, gestores públicos, médicos e pesquisadores que mostraram os desafios envolvendo novas tecnologias que as pessoas acima dos 60 anos passam a enfrentar.

Com 14% da população nessa faixa etária e tendo a capital com maior número de idosos que vivem sozinhos, com independência e autonomia, o assunto foi proposto pelo Instituto dos Amigos do Fórum Social Mundial de Porto Alegre, Cruz Vermelha, Sindinaps, Associação Gaúcha de Distrofia Muscular, e a Associação Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Previdência Social.

Idosos tecnológicos

Especialistas chamaram a atenção para o fato de que o Brasil terá 76 milhões de idosos em 2100, que será "era do idoso tecnológico", capaz de usufruir dos benefícios que pode alcançar de casa, sem deslocamentos e riscos no ambiente externo, utilizando os aplicativos em celulares para acessar bancos, projetar viagens, agendar consultas e tantas outras atividades, numa posição de autonomia.

Enfatizaram ainda que o desafio da educação e inclusão está na adaptação, uma vez que as crianças nascidas neste século viverão no século 22, justificando a necessidade de a geração a faixa dos 50 anos de idade aceitar o aprendizado como “a grande jogada desse momento da vida” para se manter numa sociedade em profunda transformação.

O que é o Fórum Democrático

Criado em 1999, o Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional (FDDR) é instituição permanente da Assembleia Legislativa e tem cumprido, ao longo dos anos, o papel de promover o debate pela população dos projetos de leis orçamentárias e outros temas legislativos.

O FDDR, que originalmente era uma parceria da Assembleia Legislativa com os Coredes, a Famurs e a Uvergs, foi reformulado em 6 de março de 2008, pela Resolução nº 3.010, passando a ser composto também por universidades, sociedade civil organizada (em três subáreas: produção e setor patronal; trabalho e organizações sindicais; movimentos sociais e outras organizações sociais) e instâncias federativas (Famurs, Uvergs, Governo Estadual, Governo Federal, Bancada Federal Gaúcha, Judiciário, Ministério Público e outros).

Ele funciona por meio de um Colégio Deliberativo, que define os temas prioritários para o ano, com representação das áreas citadas. Definido um tema, é criado um Grupo Executivo de Acompanhamento de Debates (Gead), formado por indicados de todas as áreas representativas e mais instituições ou entidades convidadas por terem vínculo com o assunto. Este grupo faz o levantamento do conhecimento existente, identifica as polêmicas e divergências sobre o tema e organiza o debate.

As deliberações do Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional, quando necessário, geram projetos de lei ou de resolução na Assembleia Legislativa. Alguns temas podem ter soluções práticas alcançadas pela convergência de atores diferentes durante o processo de discussão e aprofundamento.

O Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional passa, assim, a ser mais uma ferramenta para a democratização e o aprofundamento de temas relevantes para a sociedade gaúcha. Este é um convite ao Legislativo, ao governo e à sociedade para uma grande reflexão, indo além dos diagnósticos e buscando soluções em assuntos fundamentais para o futuro do Rio Grande do Sul.

Texto: Olga Arnt
Foto: Vinicius Reis

 
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